A postura na fluência da apresentação não influencia somente na imagem que as pessoas têm do palestrante. A organização adequada do corpo também influencia na capacidade de comunicação do orador e em sua facilidade para transmitir sua mensagem.
Para compreender melhor esse processo, recorremos à analogia de um veículo: se alguma das partes para de funcionar ou opera de maneira defeituosa, o carro inteiro irá padecer. Se há um problema no escapamento, por exemplo, isso afeta a potência do veículo, que aumenta o consumo de combustível, o desgaste das rodas e assim por diante.
Em relação à oratória funciona da mesma forma. O orador também tem um sistema que precisa “montar”, que nesse caso é sua postura. A postura é a posição adequada do corpo, que permite ao orador cumprir a tarefa de falar em público.
A posição dos pés e das mãos
Assim, as pernas e os pés precisam estar naturalmente abertos, isto é, não afastador em exagero ou “colados” entre si. O posicionamento dos membros inferiores afeta o equilíbrio do orador, o que é algo sumamente importante tanto fisicamente quanto psicologicamente. É indicado que os pés estejam apontados para frente na medida do possível.
Os ombros precisam estar sempre relaxados. Vocalistas e cantores sabem que é muito mais difícil “soltar” a voz se essa região está contraída ou tensa. Assim, para alcançar esse patamar, é necessário que as mãos estejam corretamente posicionadas, repousadas uma sobre a outra, mais ou menos à altura do umbigo.
Ao posicionar mãos e os braços dessa maneira, “soltamos” naturalmente o músculo trapézio (aquele que acumula nossas tensões do dia a dia), contribuindo também para o relaxamento o pescoço e permite então a fluência da fala.
Como em toda prática é necessário treinamento para assimilar e exercitar essa forma de posicionar o corpo, para aplicar a postura de maneira natural e para que o orador tenha sucesso na comunicação com o público.